A história da cigana Wlavira é tão mágica quanto a noite em que nasceu, sob a luz prateada de uma lua cheia, à beira de uma estrada de terra próxima a um rio. O parto, feito pelo próprio pai, foi envolto pelas preces incessantes de sua mãe à Santa Sara, desejando que a pequena Wlavira viesse ao mundo com saúde. E assim, ela nasceu perfeita, trazendo consigo uma aura especial. Aos 16 anos, Wlavira casou-se com um cigano mais velho, tornando-se viúva após o nascimento de sua única filha. Retornou à família, agindo como uma verdadeira "mãe" para seus pais e irmãos, ganhando o título de mãe da tribo. Sua dedicação estendeu-se a cuidar não apenas de sua filha, mas também dos idosos pais e dos filhos das outras ciganas que buscavam auxílio.Wlavira foi a melhor cuidadora que a tribo já conheceu, desempenhando esse papel até os impressionantes 77 anos, uma idade avançada para a época. Sua marca na tribo permanece viva, como um símbolo de amor, proteção e sabedoria.Essa cigana notável era inconfundível, com uma pele muito clara, cabelos loiros e olhos castanhos. Vestia uma saia multicolorida, única em sua combinação de cores, e uma coroa de flores brancas adornava sua cabeça, enfeitada com fitas que replicavam as cores de sua saia. Com uma blusa azul clara, destacava-se ainda mais ao carregar um cordão com uma figa de ouro e uma estrela de cinco pontas em seu pescoço.Sempre próxima do rio, que simbolizava seu nome, Wlavira carregava consigo um saco contendo um baralho, cristais e moedas para suas leituras e magias. Sua presença era como um elo entre a magia da natureza e a sabedoria ancestral cigana, deixando um legado que permanece vivo nas histórias da aldeia.
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